ABSTRACT
Um dos modelos comportamentais mais utilizados na avaliacao de drogas antipsicoticas é o da pre-exposicao ao estímulo a ser condicionado, ou inibiçäo latente(LI). Na LI, a exposiçäo prévia a um estímulo sem consequencia retarda a aprendizagem, quando esse mesmo estímulo, numa fase posterior, é pareado com um reforçador. Neste artigo é feita, preliminarmente, uma revisäo da utilizaçäo da LI como modelo animal para avaliaçäo de drogas antipsicóticas, e de seu fundamento neuroquímico. A seguir, discutem-se os processos comportamentais implicados na pré-exposiçäo, e que explicariam o desempenho na fase de condicionamento. Duas teorias principais säo examinadas, à luz dos paradigmas respondentte e operante do comportamento: 1) a de Mackintosh, que considera que a aprendizagem deirrelevancia do estímulo ocorre quando esse näo sinaliza nenhuma mudança em um reforçador específico, e 2) a de Lubow, que defende a existencia de uma hipotética resposta de atençäo que decresceria aao longo de repetidas exposiçöes ao estímulo, o que diminuiria sua futura associabilidade quando na funçäo de estímulo condicional